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Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano de Bicicleta – Cabo Sardão/Aljezur.


Durante 2 dias, quase sempre no topo das falésias pedálamos no Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, entre o Cabo Sardão e Aljezur.

Com cerca de 50% das fronteiras (+/- 900 km) viradas para o Oceano Atlântico, em Portugal há praias de Norte a Sul e de Este a Oeste do país.

pequenas praias esculpidas em enormes falésias, há praias com extensos areias, algumas localizadas junto a grandes cidades, outras junto de pequenas vilas e outras ainda inseridas em maravilhosos parques naturais, como por exemplo Sintra, Serra da Estrela e Arrábida.

Algumas têm ondas enormes, por vezes com mais de 30 metros, coma a Nazaré e outras em que o mar tranquilo, aparentando enormes lagos. Também a temperatura da água é diversificada, normalmente mais fria na costa Oeste e mais temperada na costa Sul (Algarve).

 

 

Por a diversidade ser tão grande e por alguns locais serem de difícil acesso, explorar a costa portuguesa de bicicleta é um desafio aliciante e permanente. Na Costa Portuguesa há sempre mais um “tesouro” para descobrir.

 

 

Há poucos dias, aproveitando um sol maravilhoso, dedicámos 2 dias a explorar de bicicleta toda a zona entre Aljezur e o Cabo Sardão.

Ficámos instalados num pequeno turismo rural, muito simpático, constituído por 4 ou 5 pequenas casas tradicionais, o Cerro das Fontinhas, perto de Bergões.

Não sendo um complexo de luxo, é um local é muito acolhedor, limpo, bem inserido na paisagem e os seus proprietários são muito simpáticos, fazem-nos sentir como se estivéssemos em nossa casa. Para além disso, algo que para mim é muito importante,o pequeno almoço é maravilhoso,

 

Em ambos os dias fizemos um circuito circular, pois o ponto de partida e de chegada teria que ser o mesmo.

Tivemos sempre a sorte (é Inverno) de pedalar sem vento, com um sol maravilhoso e com um céu pintado de azul intenso.

Sempre em estradas de terra batida e vias secundária com pouco transito, ladeados pela imensidão do mar e por campos agrícolas, sentimo-nos no paraíso.

1º Dia

Carvalhal, Zambujeira, Cabo Sardão.

 

No primeiro dia, dirigimo-nos para Norte, o primeiro destino era a Praia do Carvalhal.

Escavada no meio de enormes falésias de cor escura, contrastando com um areal branco e vários tons de azul produzidos pelo mar e pelo céu, com ondas alinhadas e uma ribeira que aqui vem desaguar, esta praia tem uma beleza ímpar.

Chegámos acompanhados de duas raparigas muito simpáticas que conhecemos no caminho, as quais por coincidência também passeavam de bicicleta nesta zona.

A praia estava deserta, só nós (4), nem mais uma pessoa, sentimo-nos numa praia privada e por ali ficámos algum tempo, cada um à sua maneira, a usufruir deste cenário deslumbrante.

A hora do almoço estava a aproximar-se, não tínhamos fome, mas estávamos a precisar de uma cerveja, por isso dirigimo-nos para a Zambujeira do Mar, onde para além de uma praia simpática, também existe uma pequena vila, o lugar ideal para encontrarmos a tão desejada cerveja.

 

Com pequenas casas pintadas de branco, no topo de uma falésia, esta vila, liberta das enchentes de Verão, também estava praticamente deserta. 

Foi o local ideal para uma refeição ligeira e para beber tranquilamente duas cervejas antes de nos deslocarmos até ao destino final deste primeiro dia – o Cabo Sardão.

O Cabo Sardão é o ponto mais Ocidental da Costa Alentejana entre Sines e Sagres (cabo de São Vicente), no topo da falésia existe um farol, o qual faz parte da rede nacional de faróis e que serve para sinalizar a presença de terra a todos os barcos que circulam na região.

 O trilho de terra, sempre por cima da falésia, até chegar a este local é absolutamente deslumbrante, um dos percursos mais bonitos que já fiz de bicicleta.

Do nosso lado esquerdo sempre o mar, do nosso lado direito a paisagem vai alternando entre campos de cultivo e flora natural.

Cruzamo-nos com diversos animais, cabras, ovelhas, vacas, galinhas, cavalos, burros e observamos inúmeras aves, das quais salientamos obviamente as inúmeras gaivotas e centenas de enormes cegonhas.

Por vezes parámos para contemplar as enormes falésias, os efeitos produzidos nos rochedos pela força das ondas e dos ventos ao longo dos anos. O mar, Oceano Atlântico, sempre na linha do horizonte também nos deu a sensação de uma imensidão sem limites.

Continuámos a sentir-nos no paraíso, longe de tudo, de todos, livres e relaxados.

 E assim, sem pressas, fomos pedalando até ao Cabo Sardão.

 No Inverno os dias são mais curtos, a noite chega mais cedo e por segurança não gosto de pedalar à noite, por essa razão depois de uma pequena volta nesta zona e começámos a pedalar em direcção ao local onde estávamos alojados.

Porque nesta zona o sunset é famoso, ainda tínhamos como objectivo ver o final do dia perto do mar, algo que conseguimos fazer na Zambujeira do Mar e em boa hora o fizemos.

Para sermos mais rápidos fizemos o regresso por uma outra estrada, desta vez alcatroada, uma via secundária, com pouco trânsito, mas com uma paisagem muito diferente, onde se destacam enormes extensões de campos agrícolas e centenas de hectares com estufas para produção de frutas.

A surpresa neste percurso foi passarmos a passagem por um local, onde apenas com uma rede a separar-nos estavam animais poucos habituais em Portugal, bisontes, avestruzes e zebras.

Terminámos esta jornada a jantar à Taberna do Largo, um maravilhoso restaurante local, nada caro (+/- 20€). Para além das entradas que estavam deliciosas, comemos uma fabulosa espetada do mar feita no carvão, acompanhada com sangria. Num local onde depois do café é obrigatório pedir um Medronho.

 

 2º Dia

Zambujeira do Mar - Aljezur

 

No segundo dia fizemos um tour igualmente circular, desta vez em direcção ao Sul, até chegarmos a Aljezur, já na região do Algarve.

Mais um dia onde passámos por lugares igualmente maravilhosos, mas onde circular no topo das falésias é mais difícil, algumas partes do percurso tinham muita areia.

O destaque deste dia vai para a visita à praia da Amália, de Odeceixe, da Carreagem e da Amoreira.

Apesar de algumas dificuldades provocadas pela grande quantidade de areia, sobretudo no segundo dia, toda a área que percorremos ao longo destes dois dias é de facto uma zona maravilhosa para os amantes da natureza, da praia e da bicicleta.

Para o jantar escolhemos um restaurante (Várzea) que nos tinha sido aconselhado pelos proprietários da casa onde ficámos a dormir e onde também comemos muito bem.

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