Começámos uma viagem ao Panamá, um país sobre o qual pouco conhecíamos, sem que tivéssemos planeado com grande rigor os locais a visitar.
Quando chegámos de avião à capital do país (Cidade do Panamá) a única coisa que tínhamos decidido é que os 3 primeiros dias seriam dedicados a explorar esta cidade.
Como em Madrid, Budapeste, Bratislava, Viena, Barcelona, Paris, Liverpool, etc., também aqui optámos por iniciar esta aventura da mesma forma, com o tour de bicicleta.
Assim que o avião aterrou, já era noite, reservámos um bike tour logo para as primeiras horas do dia seguinte.
Em boa hora o fizemos, pois foi com a colaboração dos excelentes guias da “Go Panamá Bike Tours” ficámos a conhecer parte importante da cidade e da história do Panamá. Por outro lado, os conselhos que nos deram foram uma óptima ajuda para programar os restantes dias.
Localizada de frente para o Oceanos Pacífico, a Cidade do Panamá consegue de forma harmoniosa juntar o moderno e o clássico.
Á frente de toda a cidade, como se fosse a fronteira entre a terra e o mar, há um grande parque verde (Cinta Costera) que dispões de ciclovias, campos de jogos, bares e restaurantes.
É um espaço de lazer, o qual faz a união entre a parte mais moderna da cidade, Paitilla, e a parte mais antiga, Casco Viejo.
Casco Viejo, construído num estilo colonial, com casas de 2/3 andares, todas muito coloridas e bem conservadas, nas quais se destacam maravilhosas varandas, decoradas com floras de todas as variedades, é um bairro que faz lembrar Havana, a famosa capital cubana.
É uma zona com muito “glamour”, agradável para passear, fazer compras, beber uma cerveja, almoçar, jantar e dançar. Aqui todos os espaços comerciais e hotéis têm um design e uma decoração muito cuidada, todos os cantos e esquinas têm algo de bonito para encontrar.
Paitilla, no outro extremo da Cinta Costera, faz lembrar Miami, é um bairro moderno, onde se destacam enormes torres, todas elas com vários andares.
O tour de bicicleta, com a “Go Panama Bike Tours”, foi de facto um excelente “cartão de visita”. Para além de percorrermos uma parte importante da Cinta Costera, tivemos oportunidade de atravessar quase todas as ruas e praças de Casco Viejo, onde nos foi explicada toda a história da cidade e do Panamá e dadas informações sobre os melhores locais para visitar.
Terminado este tour ( +/- 3.5 horas), alugámos 2 bicicletas e começámos a explorar o resto da cidade por nossa conta.
Para além de voltarmos a percorrer, embora de uma forma mais pausada, locais onde já tínhamos estado, fomos até Paitilla e Amador.
Desenhado pelo famoso arquitecto Frank Gehry, o Biomuseu também mereceu a nossa visita. A qualidade da arquitectura e o conteúdo da exposição, onde explica de forma brilhante a origem e a importância do Panamá, faz deste museu um local de eleição.
Influenciados pela visita a este museu fomos visitar Gamboa, uma “Rain Forest”, a cerca de 25 km de distância, no interior da qual há um enorme lago que serve de passagem para os navios que todos os dias atravessam o famoso Canal do Panamá.
Durante cerca de 2,5 horas navegámos suavemente pelas várias ramificações do lago, sempre rodeados por árvores centenárias. Ao som da água, da brisa e do cantar das aves, observámos nas margens do lago, onde o nosso guia fez pequenas paragens estratégicas, os primeiros crocodilos, macacos e íguanas desta viagem.
Gamboa foi sem dúvida o primeiro grande impacto com a dimensão da biodiversidade existente no Panamá.
Nenhuma viagem a este país poderá ficar completa sem uma visita a uma das maiores obras de engenharia, o Canal do Panamá.