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Serra da Estrela de Bicicleta – Teixoso – Poço do Inferno – Poios Brancos - Teixoso


Durante 3 dias, acompanhado da minha mulher, pedalei cerca de 180 km e visitei uma grande parte do maior Parque Natural de Portugal – o Parque Natural da Serra da Estrela.

Subimos e descemos montanhas, percorremos vales, vimos lagos e lagoas. Visitámos cidades e vilas onde as casas tradicionais são construídas com pedras de granito e xisto. Como bons portugueses não nos esquecemos de provar as especialidades gastronômicas (queijos, presunto, chouriços, etc.) e os vinhos locais.

Um dos objetivos que tínhamos para o primeiro dia era visitar os Poios Brancos, uma formação granítica que fica a uma altitude de 1680 metros.  Por essa razão e porque o nosso ponto de partida era a pequena vila do Teixoso, apenas a 570 metros de altitude, sabíamos que tínhamos pela frente uma grande jornada.

Começamos por subir uma pequena montanha, cujo o ponto mais alto ficava a 900 mt de altitude e de onde se podia ver uma grande parte de toda a esta área montanhosa, uma vista deslumbrante que se perde na linha do horizonte.

Continuámos a pedalar, passámos por uma pequena povoação que vive exclusivamente da agricultura, do pastorício e da madeira, Verdelhos, onde fizemos a nossa primeira paragem do dia. Vimos as casas feitas com a pedra local, bebemos uma cerveja e conversámos um pouco com as pessoas que ali moram.

Muito hospitaleiros contaram-nos pequenas histórias e indicaram-nos o melhor caminho para chegarmos a um dos locais que queriamos visitar, o Poço do Inferno.

Casa Serrana construída com Xisto extraído de rochas locais.

Exploração de Madeira - Pinheiro
O Poço do Inferno é uma cascata maravilhosa, inserida no meio de árvores centenárias, com copas de várias cores e onde habitam milhões de aves que passam o dia a cantar. É um local mágico, paradisíaco, onde se encontra paz, tranquilidade e serenidade.

Ao entrar lentamente naquelas águas questionei a razão de ter o nome de inferno, talvez seja pelo facto da água ser gelada, mas este local definitivamente não merece este nome. Poço dos Deuses, Poço dos Anjos ou das Sereias seria mais adequado e também mais justo.

Para visitares este local podes ir de carro, a pé, ou de bicicleta, mas se queres usufruir a 100% desta área recomendo que não vás de carro. A pé ou de bicicleta pode ser cansativo, mas tenho a certeza que não te irás arrepender.

Poço do Inferno - A Cascata

Poço do Inferno - Água Transparente

O dia estava quente, cerca de 27ºc, já tínhamos subido duas montanhas, por isso foi bom termos tido a oportunidade de nos refrescarmos nestas águas.  

Para além desta paragem ter sabido muito bem foi importante para a segunda parte deste dia, a subida até aos Poios Brancos. Tínhamos agora à nossa frente um caminho de terra batida com cerca de 12 quilómetros, estávamos cerca de 1.000 metros de altitude e tínhamos que subir até aos 1.680 metros.

A primeira parte tinha subidas muito acentuadas, o piso escavado pelas águas das chuvas e da neve do último Inverno não estava nas melhores condições (bem pelo contrário), por vezes as rodas das bicicletas escorregavam e resvalavam para dentro de buracos e regos, toda a atenção era pouca e o esforço era muito.

Aos poucos, as árvores abundantes deram origem uma zona com vegetação mais baixa, deixámos de ter sombra e passámos a pedalar debaixo de um sol intenso. As subidas começaram a ser menos inclinadas, começámos a pedalar no alto de uma montanha, a cerca de 1.500 metros de altitude.

Passeávamos agora no meio de flores verdes, brancas, amarelas e roxas. Entre grandes formações rochosas (granito) que fazem miradouros naturais, uma delas, a que está a maior altitude, é conhecida por Poios Brancos. Tínhamos atingido o nosso segundo objetivo do dia.

Parámos as bicicletas e escalámos esse rochedo. Do topo dos Poios Brancos vimos enormes montanhas à nossa volta com vales deslumbrantes vales no fundo. O especial destaque é a parte central da Serra da Estrela e estava agora à nossa frente. Daqui, de um ângulo absolutamente fantástico, vê-se o Cântaro Gordo, o Cântaro Magro e o Cântaro Raso, todo o Vale da Candeeira e do Zêzere.

Parece que estamos a sobrevoar toda a área numa pequena avioneta.

Ao longe, perdido na linha do horizonte, pequenas aldeias e cidades, tínhamos Portugal aos nossos pés.

É tudo enorme, avassalador, sentimo-nos pequenos!


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