A etapa do dia anterior tinha sido grande, cerca de 90 km, mas esta manhã, depois de um pequeno passeio pela cidade de Santarém, todos aparentavam estar em forma e com boa disposição, como bem demonstram nesta foto a Helena e Adriana.
Pela frente tínhamos uma etapa mais pequena, cerca de 40 a 50 km, mas muito mais difícil.
As enormes planícies das Lezírias do Ribatejo ficaram para trás e agora tínhamos pela frente uma enorme quantidade de subidas e descidas.
Em vez das grandes quintas, com grandes áreas dedicadas à agricultura, agora a paisagem será diferente.
(Pela frente teremos muitas árvores, em especial oliveiras e sobreiros, pequenas vilas, onde à volta das casas existem pequenas hortas com grande variedade de produtos e muita terra sem qualquer utilização, onde nesta altura do ano o vermelho das papoilas é dominante.
A saída de Santarém foi feita numa estrada com algum trânsito, com uma descida acentuada que transmite uma falsa sensação de facilidade, a qual termina ao fim de alguns kms.
Aí começa a parte dura, por essa razão há que moderar o ritmo, encontrar alguns motivos para fazer algumas paragens estratégicas para que todos possam descansar um pouco.
Uma placa com a indicação da distância que falta percorrer, falar com alguns peregrinos que estão a fazer o mesmo percurso, uma fonte para reabastecer água, etc., tudo são bons pretextos para que isso aconteça, pois é da maior importância que todos se sintam confortáveis, que o grupo continue unido e que o bom ambiente se mantenha.
Apos termos percorrido cerca de 25 kms e já depois de termos feito algumas pequenas paragens, encontrámos uma pequena quinta onde havia alguns uns animais muito engraçados, como o burro que fez questão de tirar umas fotos connosco e umas ovelhas, que pareciam autênticas bolas de lã, que por muito que as chamássemos insistiam em virar-nos as costas.
Aproveitámos para fazer um intervalo de cerca de 15 minutos, para que o Eduardo (o paparazzo) fizesse mais umas fotos e continuássemos a pedalar, agora na busca de um local para almoçar e beber uma cerveja.
Depois deste momento, o qual soube bem a todos, encontrámos uma enorme descida, a qual percorremos a grande velocidade. Só que, após esta descida, para não variar, apareceu uma enorme subida, a qual deixou todos um pouco cansados e cheios de apetite.
Felizmente, pouco depois, encontrámos um local muito simpático para o merecido almoço - A Floresta - um simpático cachorro fez guarda às nossas bicicletas.
O almoço não podia ser muito pesado, por essa razão comemos apenas um prego (estava óptimo), umas batatas fritas, bebemos 1 ou 2 imperiais cada um e seguimos o nosso caminho rumo a Alcanena.
Não faltavam muitos kms, mas eu sabia que pela frente tínhamos mais uma subida difícil e ainda queríamos visitar a bonita praia fluvial de Olhos D’Água, onde chegámos uma hora mais tarde.
Um local realmente muito bonito, no qual aproveitámos para ficar a usufruir da natureza e para um merecido descanso antes de fazermos os últimos 5/6 kms desta etapa.
