Acordámos cedo, todos tinhamos dormido muito bem (o hotel é simpático e confortável) e isso foi visível quando nos encontrámos no pequeno-almoço.
Pela frente tínhamos a última etapa, aproximadamente 35 kms, sempre a subir, até chegarmos ao Santuário de Fátima.
Embora todos tivessem cientes que seria a etapa mais dura desta viagem, ninguém parecia preocupado e todos tinham a expectativa de chegar à meta na hora de almoço.
Começámos a pedalar já passava um pouco das 10,00 h., a um ritmo lento atravessámos as pequenas ruas do centro de Alcanena, entrámos no Parque Natura da Serra D’Aire e Candeeiros rodeados por um manto verde e em frente tínhamos uma gigantesca montanha.
Percorremos os primeiros 10 quilómetros, por caminho de terra batida, rodeados por pequenas hortas, até começarmos a subir para Fátima.
Aqui tivemos o primeiro e único contratempo desta viagem. O nosso paparazzo, Eduardo, na ânsia de nos ultrapassar para tirar mais fotografias, raspou a bicicleta numa pedra e ficou impossibilitado de nos acompanhar nos últimos quilómetros.
Porque ninguém tinha valorizado a importância do carro de apoio, a partir deste momento, pela preciosa ajuda no transporte do Eduardo e da bicicleta, todos o passaram valorizar.
Já faltava pouco para chegarmos ao destino e para evitar mais algum percalço alterámos um pouco o percurso, abandonámos os caminhos de terra batida e optámos por estradas de alcatrão, bem pavimentadas.
A subida até Fátima, com passagem por Minde, tal como estava previsto foi dura. Tão dura que até houve quem sugerisse, em tom de brincadeira, que o Eduardo tivesse avariado a bicicleta propositadamente para evitar a subida desta montanha.
A verdade é que, com maior ou menor esforço, todos chegaram ao topo da montanha.
Fizemos uma pequena paragem para descansar, no rosto de cada um era visível a felicidade e alegria de termos conseguido o objectivo a que nos tinhamos proposto.
Para chegarmos ao Santuário de Fátima ainda faltava percorrer meia dúzia de quilómetros em terreno plano, nos quais fomos surpreendidos por uma carga de água que não estava nos planos. Mais uma vez ninguém se importou, foi entendida como uma bênção, e foi todos encharcados que chegámos ao topo do Santuário.
Foi tempo de reencontrarmos o Eduardo e a Francisca, tirar mais umas fotos, arrumar as bicicletas e de irmos almoçar para festejar condignamente a concretização deste sonho, o de fazer o Caminho de Fátima de bicicleta.
FIM
Caminho de Fátima - O Vídeo.
